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Quem?

Quem você?

Quem é você?

Quem é você que constrói?

Quem é você construído?

É você construído?

É você, construído?

Quem é você quando alguém te destrói?

Em pedaços

Estavam eles

Eles em pedaços de vários tamanhos se dispunham por todo canto

Estavam largados, flutuando, boiando, apoiados, pendurados, sobre, deixados

Havia de tudo

Havia de todos

Havia em tudo o seu toque

O seu toque de destruição

O seu toque de esperança de que daquilo montes de fragmentos algo um dia sairia

Sairia algo em montes para lhes dar esperança de um toque

Pois ali, além dos pedaços, nada e nem ninguém havia

Nem ele mesmo inteiro estava lá, além de em pedaços

E no silêncio e escuridão ficaram todos eles

Todos eles fragmentos de um ser

Fragmentos de Um que queria ser menos pedaços

Para finalmente ser Todo

Mas existirá isso algo além dos fragmentos?

Ou o monte de fragmentos, nadas e ninguéms já não é Todo?

Como o universo

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