Updated: 5 days ago
Renascido
De onde?
Para onde?
De que?
Tantas fases
Tantas vidas
Tanto caos
Para onde vamos?
Até onde aguentaremos?
Até onde irei?
Até quando quebrarei?
Em quantas partes me despedaçarei?
Por onde passarei com meus pedaços em pó?
Em que vapores condensarei?
Até quando serei ar em gota?
Até quando serei gota em pó?
Até quando serei algo que não sou?
Construindo e destruindo
Destruindo para construir
É necessário
O nada antes do algo
O algo antes do todo
O todo antes de tudo
E tudo antes do nada
O nada é necessário
Necessário para construir
E para destruir, temos que construir
No fim
Tudo é começo
O começo é tudo
Tudo é fim
E o fim é tudo
Tanto fazia Sentido
E tanto não mais
Tanto não faz
Tanto não faz, que não existe mais
Tanto não existe mais!
Tanto faz que não existe mais
Não existe mais porque sentido não mais faz
Já passou
Já sumiu
Já esvaiu
Foi
E cadê?
Cadê tudo que um dia era tão real?
Cadê tudo que era Eu?
Cadê tudo que construí e sobre o que, por tanto tempo vivi?
Como pode tudo sumir?
Tudo mudar?
Tudo vaporizar?
Como pode tudo que era não ser mais?
Como pode o Todo, do nada, virar Nada?
Como pode?
Como pôde o Sentido deixar de ser sentido?
Como pôde o Sentido deixar de Fazer Sentido?
Isso é sinal do que?
De insanidade?
Ou de sanidade?