Depois de tanto tempo que passamos juntos...
Depois de tantas palavras lindas...
Depois de tanto carinho...
Você se arrumou para ele,
como nunca se arrumou para mim.
*Risos*
Desculpe, eu tive que rir.
Você NUNCA
se preparou para mim em todos esses meses,
como você se preparou para ele nesse dia.
Foi um sinal,
com certeza.
Um sinal de que fui um idiota?
Talvez.
Um sinal de que VOCÊ é um idiota?
Com certeza!
Um sinal de que eu SOU um idiota?
Também!
Eu aprendi. Fica tranquilo.
Aprendi a não acreditar em muita coisa.
Aprendi a não acreditar em muitas
frases lindas e profundas.
Aprendi mais um pouco
a enxergar.
Agora eu vejo com mais clareza,
pode ter certeza.
Te vejo como você é!
Ah, vejo sim.
E, meu,
tenho dó.
Te entendo.
E tenho dó.
Te entendo.
E te amo,
ainda assim.
Sim.
Sou um idiota.
Tenho medo do poder
que existe dentro de mim.
Tenho medo de perder
o controle dele.
Tenho medo de perder
o controle DE MIM.
Mas...
quão ruim seria isso?
Perder o controle...
É tão raro isso acontecer.
Sei que é necessário acontecer às vezes,
mas viver nesse modo?
Não sei...
Sempre dizem para
buscarmos o equilíbrio
e aquela coisa toda.
Mas eu não gosto
do equilíbrio.
Me sinto
MORTO
no equilíbrio.
Prefiro viver
alternando entre
INTENSIDADE e
VAZIO.
Fico pouco tempo em cada extremo,
porque afinal,
de um lado exige muito de mim
e do outro,
me recarrego muito rápido.
Pronto, decidido.
Cansei do equilíbrio.
Não quero estar no modo MORTO.
De qualquer forma,
alternando entre extremos,
estou no equilíbrio
sem nunca estar no modo MORTO.
Se tudo no universo existe como opostos
que vibram e se alternam,
quem sou eu para ir contra
a natureza?
Quem sou eu para ir contra
a MINHA natureza?
Que assim sigamos.
Até eu mudar de ideia.
Como sempre.
Até agora, você foi minha maior abstinência.
É um monte de confusão.
Um monte de tortura.
Um monte de dor.
Um monte de perda.
Um monte de tristeza.
Um monte de vazio.
Um monte de medo.
Um monte de frio.
Um monte de solidão.
Um monte de ânsia.
Um monte de lágrimas.
Um monte de falta de ar.
Um nada de você.
E cadê você nos meus montes?