Já falei sobre isso.
Sobre o seu toque.
Sobre nossos dedos entrelaçados.
Sobre nossas peles se tocando.
Sob nossas peles...
se tocando.
O que se toca
sob nós?
O que se toca
sob nossas peles?
É possível
que eu tenha sentido
o que você
não sentiu?
É possível
que eu tenha sentido
algo que você
não tenha
capacidade de sentir?
Será?
Não acho
tão possível isso...
Se eu senti,
como você não sentiria?
Deve ter sentido também!
Impossível não ter sentido.
Deve estar evitando.
Deve estar evitando,
com certeza!
Não tem como.
Impossível.
Onde
está você
quando preciso
de um abraço?
Porque
o abraço de amigos
não é o suficiente?
Porque
o abraço de parentes
não é o suficiente?
Mas como pode?
Como pode
ser tão diferente
o que é tão comum para mim?
Como o seu toque,
eventualmente,
se tornou tão importante?
Como
a frequência
se tornou significativa
em meio ao vazio?
Porque passou a existir
tamanha necessidade do toque,
ante ao não necessário?
O que você tocou
que causou isso?
O que seu toque causou,
diante disso?
O que isso causou
pelo seu toque?
Ah...
o seu toque...
Updated: Aug 18
É pedir demais
1 ser humano
que possa
seguir comigo?
É exigência demais querer
1 ser humano
que esteja comigo
ao longo da minha jornada?
Será que
ninguém desse um quinto de 8 bilhões
de seres humanos,
ou algo mais,
quer estar comigo?
Não queiram
seguir comigo
até o (nosso) fim?
Não queiram... Eu?
Será que eu não quero
NENHUM
desses que me querem?
Não é possível!
Não tem como!
Quais são as chances
de não encontrar ninguém
para estar comigo
por mais do que alguns míseros
40 ou 50 anos
nestes anos infinitos
do universo?
Chances baixas!
Chances nulas!
Mas então porque
é
tão
difícil?
Porquê
tantos testes?
Porquê
tanto risco?
Porquê
tão arriscado?
O que mais eu preciso entender
para tender ao amor?
O que falta para
achar-nos?
O que falta para
achar o “Nós”?